A organização não governamental Ranking dos Políticos divulgou, ontem, seu último levantamento sobre a atuação dos parlamentares federais do país. Tal levantamento leva em conta a votação de deputados e senadores no Congresso Nacional, suas presenças nas sessões legislativas e reuniões de comissões, seus alinhamentos com as leis vigentes, e uma série de outras situações balizadoras, como o combate a corrupção, a economia das verbas de gabinete, a defesa do Estado de Direito, e outros critérios correlatos.
Dos 16 deputados federais de Santa Catarina, onze obtiveram notas acima de 8, a exemplo de dois de nossos três senadores. Deste conjunto, a deputada Carol de Toni (PL), com a nota 8,59, foi a melhor parlamentar avaliada não só do Estado, como também ficou na primeira colocação dentre todos os parlamentares do país. Os demais dez deputados federais de Santa Catarina com nota acima de 8 foram: Gilson Marques (Novo), Zé Trovão (PL), Valdir Cobalchini (MDB), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Júlia Zanatta (PL), Rafael Pezente (MDB), Ismael dos Santos (PSD), Daniel Freitas (PL), Daniela Reinehr (PL) e Geovânia de Sá (PSDB). Já os senadores com nota acima de 8 foram Jorge Seif (PL) e Esperidião Amin (UP). Os deputados Fábio Schiochet (UP), Pedro Uczai (PT), Ricardo Guidi (PL) e Ana Paula Lima (PT), obtiveram notas entre 4,04 e 4,59. A pontuação do deputado Jorge Goethen (Rep), que está licenciado, não foi divulgada.
Já a pontuação do deputado Luiz Armando Reis, o Coronel Armando (PL), foi inexpressiva, pois ele está ocupando a cadeira de Goethen há menos de um mês. Em relação a Ricardo Guidi, convém ressaltar que faz poucos meses que ele assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados, pois antes era Secretário de Estado de Jorginho Mello (PL), e, por conta disto, teve sua avaliação prejudicada. No que diz respeito a senadora Ivete Appel da Silveira (MDB), sua nota foi 7,11.
Em linhas gerais, o que se observa é que aqueles políticos que mantém uma maior independência em relação ao Governo Federal são os melhores avaliados. Na medida em que eles am a defender os interesses do governo, sua pontuação cai. Pela lógica do Ranking, medidas como o aumento de impostos, criação de mais cargos públicos, e votação em projetos de pouco interesse público, puxam a média da nota dos políticos para baixo. Já o alinhamento com iniciativas ligadas a desburocratização dos serviços públicos, o incentivo a livre iniciativa, e o enxugamento da máquina pública elevam a média da nota dos políticos avaliados.
Notadamente, trata-se de um Ranking vocacionado a prestigiar àqueles que defendem a liberdade econômica, e a pouca intervenção do Estado no cotidiano da sociedade; e a desprestigiar àqueles que buscam o caminho inverso. De todo modo, levando-se em conta o resultado da última eleição estadual em Santa Catarina, os eleitores do Estado, pela média, de fato, estão tendo suas convicções muito bem representadas no Congresso Nacional.
Finais
Prefeito de Turvo, Heriberto Afonso Schmidt (MDB), diz que pretende fazer um programa de rádio para explicar para a população, detalhadamente, onde são aplicados os recursos da municipalidade. De acordo com ele, o Executivo Municipal destina todos os meses “uma fortuna” para o setor de assistência social, assim como para vários setores da saúde, que, de seu ponto de vista, deveriam ser obrigações do Estado ou da União. Conforme o prefeito, uma boa parte dos recursos da municipalidade são jogados pelo ralo, pois a prefeitura não tem o que fazer, por conta de imposições legais. De acordo com Heriberto, ao longo dos anos foram sendo criados mais e mais direitos sociais, sem uma contrapartida quanto aos deveres dos cidadãos beneficiados. Para o prefeito, as prefeituras só não quebraram ainda por conta da Providência Divina.
Outra reclamação que acomete todos os prefeitos de nossa região, sem exceção, é a burocracia imposta pela nova lei das licitações. Os processos licitatórios aram a ser extremamente demorados, pois, por terem que ser feitos via on line, acabam atraindo competidores de todo o Brasil. Não é raro uma licitação contar com vinte, trinta, ou até quarenta empresas interessadas. Todas elas precisam ter suas documentações minuciosamente analisadas pelos funcionários do setor de licitações das prefeituras, assim como as propostas e os recursos interpostos. Muitas vezes a simples compra de um veículo pode levar meses até que o processo licitatório esteja finalizado. Já tem prefeito convencido que se quiser fazer algo no ano que vem, terá que começar a licitação neste ano, só para começo de conversa.
