MDB de nossa região realizou suas convenções neste final de semana, a exemplo dos demais municípios do Estado e do país, onde este expediente estava programado. Em nenhum município aqui do Extremo Sul houve disputa pelo comando da legenda, e, em nove deles, houve mudança consensual na presidência. Em Araranguá, Emerson Almeida encerrou seu mandato ando a presidência a Alcindo Crepaldi, o Negão. Em Sombrio, Zênio Cardoso ou o comando da legenda para Jader Rosa Colares. O único ponto fora da curva aconteceu em Balneário Gaivota, onde o MDB sofreu intervenção estadual há alguns dias, com Joaci Silva de Oliveira sendo reconduzido ao comando do partido. A convenção do MDB gaivotense deve ser realizada em novembro. Já em Jacinto Machado a convenção foi remarcada para o mês que vem.
Nos demais municípios da região, foram reeleitos para comandar o MDB, por mais dois anos, Claudemir Cechinel, em Balneário Arroio do Silva; Júlio César Oliveira, em Meleiro; Geovano Gomes, em Santa Rosa do Sul e Márcio Grei Magnus, em São João do Sul. Já, para substituir presidentes que deixaram o comando emedebista, foram eleitos, Thiago Simon, em Ermo; Wagner da Rosa, em Maracajá; Renato Venson, em Morro Grande; Jonas Souza, em o de Torres; Silvano Belletini, em Praia Grande; Vilson Borges, o Tibúrcio, em Timbé do Sul e Valcir Vassoler Milanez, o Zebra, em Turvo.
Dos 14 presidentes já anunciados, três são vereadores, um é ex-vice-prefeito e dois são ex-prefeitos. A maioria absoluta das composições dos novos diretórios e executivas municipais está claramente alinhada com os propósitos do deputado estadual Tiago Zilli (MDB), que disputará a reeleição no ano que vem. A única exceção é Timbé do Sul, onde o novo comando está mais próximo do MDB da região de Criciúma.
Com folego novo, o grande desafio do MDB aqui do Extremo Sul será manter o mandato de Tiago Zilli na Assembleia Legislativa, e colaborar para a eleição de um deputado federal do partido, que emanará, provavelmente, da região de Criciúma ou de Tubarão. Afora isto, o negócio é aguardar para ver qual destino o MDB estadual tomará diante das possibilidades de composição majoritária ano que vem. Sem a perspectivas de disputar o governo catarinense com chances reais de vitória, o partido deverá aceitar a proposta do governador Jorginho Mello (PL) e concorrer como seu vice. Informalmente, a legenda já ite esta possibilidade, desde que também indique um candidato ao Senado Federal pela coligação do governador, algo que dificilmente acontecerá. Está posto justamente aí o ponto de entrave entre o MDB e Jorginho; que poderá ter que optar pelo MDB, ou pela federação União Progressista, dentre seus apoiadores. Isto porque, a mesma vaga ao Senado almejada pelo MDB, também é desejada por Esperidião Amin (PP), o principal líder da federação União Progressista.
Finais
Pelo menos 31 deputados federais, de 11 partidos, atuaram sistematicamente para que associações de classe e sindicatos pudessem descontar dos aposentados, via INSS, contribuições indevidas, que já somam R$ 6 bilhões, valor este acumulado desde 2016. A grande maioria dos parlamentares, muitos deles já sem mandato, são de partidos de esquerda, como PT, PSB e PCdoB, mas também há deputado do PL, de Jair Bolsonaro, que se esforçou para que os descontos permanecessem ativos. Do Rio Grande do Sul, trabalharam pela manutenção dos descontos os deputados Bohn Gass (PT), Heitor Schuch (PSB), Maurício Marcon (Podemos), Fernanda Melchionna (Psol), e Paulo Paim (PT), que hoje é senador. Já de Santa Catarina, o ex-deputado federal Celso Maldaner (MDB), compactuou com os descontos.
É interessante que os tais descontos começaram ainda no segundo governo de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e chegaram a ser contestados pelo presidente Bolsonaro em 2019, mas em 2022 ele não fez emendas ao projeto que visava regulamentar a situação, permitindo com que a balburdia continuasse. Em 2023 e 2024 os descontos aram a ser massivos, com mais da metade do dinheiro subtraído dos aposentados tendo sido descontado apenas nestes dois últimos anos. Se o Brasil fosse de fato um país sério, responsabilizaria não só as associações e sindicatos pelos descontos indevidos, como também todos os deputados que trabalharam para que isto acontecesse, assim com os presidentes do país que deram anuência para viabilizar o ato irregular.