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Política

PSDB está em vias de ser extinto

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, cumpriu anunciado e se filiou ao PSD, depois de 25 anos de militância no PSDB. Sua saída do ninho tucano se soma a da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que também deixou o partido, tendo como destino a nova agremiação do governador gaúcho. O terceiro e último governador do PSDB, eleito em 2022, Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, também deverá deixar o partido para se filiar igualmente ao PSD, ou ao PL.

Toda esta movimentação de esvaziamento do PSDB está acontecendo paralelamente as articulações da cúpula nacional para que a legenda promova uma fusão com o Podemos. E esta fusão, por sua vez, só esta acontecendo porque o partido nem de longe é o mesmo PSDB da década de 1980 e 1990, que marcou o toque de caixa da política nacional, com profundos debates protagonizados por figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os ex-governadores Mário Covas, José Serra, Tarso Jereissati, Teotônio Vilela Filho, Eduardo Azeredo e Geraldo Alckmin. Vilipendiado após anos de embate com o Partido dos Trabalhadores, o PSDB se manteve fiel ao seu discurso social-democrata, enquanto o país caminhava a os largos para a assimilação do liberalismo como a maneira mais prática de resolver os problemas das pessoas. E foi assim que se estabeleceu a dualidade entre o PT e os neoliberais, personificados pela figura de Jair Bolsonaro.

A esta altura do campeonato já não existia mais espaço para o PSDB na política nacional, e o fim do partido seria apenas uma questão de tempo; tempo este que chegou.

Eduardo Leite, por certo, sonha em ser presidente da República. Em princípio não lhe faltam méritos para isto, afinal de contas foi reeleito em meio a segunda Onda Bolsonaro, e em um Estado fortemente sindicalizado, com um aflorado viés de esquerda. Derrotar gregos e troianos na mesma batalha é tarefa para poucos.

Todavia, a exemplo de 2022, o governador gaúcho vai penar para conseguir ter chances de emplacar seu projeto. Na eleição ada, o próprio PSDB o engoliu, com o então governador de São Paulo, João Dória Júnior, vencendo a convenção para disputar a Presidência, mas não levando o projeto adiante, numa clara demonstração de que a mão invisível do sistema não erra o alvo quando quer eliminar alguém. Eduardo Leite era, naquele momento, uma ameaça real às pretensões do grupo que queria se livrar de Bolsonaro e eleger novamente Lula da Silva presidente. Dória acabou sendo a solução diplomática para aquele problema.

A eleição de 2026 não será muito diferente, ainda que o sistema já não tenha tanto apreço por Lula como tinha em 2022. Há outras opções, agora, muito menos perigosas que Bolsonaro, e, dentre elas, estão os governadores Tarcísio de Freitas (REP), Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (UP). Qualquer um deles não seria tão palatável quanto Lula, mas estaria longe de ser uma pedra no sapato, como Bolsonaro. Isto coloca Eduardo Leite no fim da fila, dentro de um partido que já tem Ratinho Júnior como pré-candidato à Presidência, e o presidente da legenda, Gilberto Kassab, como Secretário de Estado das Relações Institucionais do governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo.
Trata-se de um cenário bastante obscuro para quem quer se destacar como um antagonista do PT. Mas, como dizem os conterrâneos do governador Eduardo: “Não tá morto quem peleia!”.

Finais

Em nossa região, os líderes do PSDB também devem começar a prospectar novos cenários para o futuro. A legenda conta com as filiações dos prefeitos de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos, e de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa, além do vice-prefeito de Turvo, Giovani Carlessi e da vice-prefeita de Morro Grande, Tati Fenali. Afora eles, 15 vereadores da região também estão filiados ao partido, que caminha a os largos para ser engolido pela liderança da deputada estadual Paulinha Silva, que é a presidente catarinense do Podemos, partido que se fundirá com o PSDB. Em princípio, a legenda se chamará PSDB+Podemos, adotando o 20 como seu número oficial. A grande verdade é que esta fusão está sendo feita por mera necessidade, e não por gosto, e, por conta disto, as chances de ela dar certo não são muito grandes.

E em meio a uma avalanche de fusões e federações partidárias no Brasil, o PDT e o PSB também têm discutido um caminho conjunto para as duas legendas com vistas às eleições vindouras. As duas siglas deverão fechar acordo entre si para a criação de uma federação partidária, mas não é descartada a possibilidade de que o PV também componha o grupo, já que o partido pretende deixar a federação que integra atualmente com o PT e o PCdoB. O Cidadania, que deixou a federação com o PSDB, por divergências entre as cúpulas das duas legendas, também está à procura de um novo partido para chamar de seu. Já o Progressistas selou acordo com o União Brasil e as duas legendas compam o União Progressistas. O Brasil caminha a os lagos para ter apenas 10 grupos políticos em 2026, oito em 2028 e sete em 2030.

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