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Ponticelli quer ser candidato ao Governo pelo PP

Prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP) tem trabalhado nas internas de seu partido para ser candidato a governador do Estado ano que vem. Cumprindo seu segundo mandato consecutivo no executivo tubaronense, Ponticelli precisaria renunciar daqui a aproximadamente um ano para concorrer à governadoria catarinense. Este “pequeno detalhe” não parecer ser empecilho para o prefeito, que concorreu ao cargo de vice-governador em 2014, fazendo dobradinha com o candidato tucano Paulo Bauer. Naquela ocasião, Raimundo Colombo (PSD) acabou se reelegendo. Antes de assumir a candidatura à vice naquele pleito, Ponticelli tentou costurar uma aliança em que ele figurasse como candidato a senador da República, através do apoio do MDB, PSD, PP e PSDB. O projeto acabou sendo obstruído pelo então senador Luiz Henrique da Silveira (MDB), com quem Ponticelli mantinha divergências políticas severas. De todo modo, a intenção do então deputado estadual tinha o aval da maioria dos partidos da aliança que orbitava a candidatura de Colombo à reeleição.

É com base neste relativo bom entrosamento com as legendas de centro direita do Estado que Joares Ponticelli tem alinhavado seu projeto para 2022. Caso renuncie a prefeitura, quem assume em seu lugar é o vice-prefeito Caio César Tokarski, que é filiado ao PSD. Desnecessário dizer que Caio fará um esforço gigantesco para que o PSD apoie o projeto de Ponticelli, principalmente porque as fichas do partido, que estavam depositadas na figura do deputado estadual Júlio Garcia, viraram poeira. Vale lembrar que Raimundo Colombo tenta postular espaço para uma candidatura majoritária, mas ele tem sido considerado ultraado no processo. Em princípio, uma dobradinha PP/PSD serviria para que Joares Ponticelli entrasse no jogo com chances de vitória, chamando a atenção do mercado político para si. 

Projeto de Ponticelli tem lógica, mas carece de unidade

O projeto de Joares Ponticelli tem lógica e é plausível. Ele já recebeu o aval do presidente estadual do partido Silvio Dreveck, que, no entanto, jogou contra o patrimônio há alguns dias, quando acenou com bons olhos para uma possível candidatura a governador do prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, pelo PP. O problema é que Lunelli é filiado ao MDB, partido pelo qual deverá disputar as prévias pelo Governo do Estado no dia 15 de agosto. Não há como negar que este aceno é um demérito interno a figura de Ponticelli, que já luta à sombra de Esperidião Amin.

Em 2022 deverá ser cada um por si, e Deus por todos 

A favor de Joares Ponticelli está o nítido fracionamento das forças políticas do Estado. A cada dia que a fica mais claro que a composição de um forte grupo político, como o editado nas eleições de 2002, 2006, 2010 e 2014, através da chamada tríplice aliança, está longe de ser reeditado. Naquelas ocasiões, timonados especialmente por MDB e PSD, vários partidos de centro-direita acabaram se irmanando em um único projeto, garantindo duas eleições ao governo para Luiz Henrique da Silveira (MDB) e duas para Raimundo Colombo (PSD). Nas quatro ocasiões o PP ficou isolado.

PP deverá disputar com múltiplas candidaturas

Para 2022 o MDB já garantiu sua participação com candidato a governador, o que não deverá ser diferente com o PP. Por sua vez, o PSDB já está em franca pré-campanha através do ex-deputado estadual Gelson Merisio, que em 2018 concorreu ao governo pelo PSD. O mesmo pode-se dizer do senador Jorginho Mello, que almeja chegar ao comando do Estado pelo PL. Com um mandato de oito anos no Senado Federal, Jorginho não tem nada a perder ao concorrer ao governo ano que vem, e, por conta disto, é considerado figura carimbada no pleito eleitoral de 2022 visando a governadoria. 

É preciso observar candidatura do PSL e de aliado de Bolsonaro 

No embalo das candidaturas que já estão costuradas, cabe ressaltar o nome de Décio Lima, que tem tudo para disputar o governo pelo PT, fazendo palanque para Lula da Silva à Presidência em nosso Estado. Não há de se desprezar a possibilidade de que o PSD não se acerte com o PP, e banque uma candidatura ao governo também. Afora este rosário de nomes é preciso ficar atendo ao PSL, no governador Carlos Moisés da Silva, e a futura legenda que servirá de abrigo para o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Se ele optar por um partido não tradicional, este também poderá entrar na disputa pelo governo catarinense com prestígio.

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