Região está cheia de casos de amores platônicos editados em 2016, que acabaram se transformando em casos de ruptura política no pleito eleitoral deste ano. Em Balneário Arroio do Silva, por exemplo, o atual vice-prefeito Carlos Scarsanella (PSL) está disputando novamente a mesma vaga, só que pela oposição, na chapa encabeçada por Evandro Scaini (PSL). Na mesma lógica, o vice-prefeito de Meleiro, Rogildo Bordignon (PSDB), agora é candidato a prefeito, só que contra o prefeito Eder Mattos (PL), com quem fez dobradinha na última eleição.
Em Santa Rosa do Sul, o atual vice-prefeito Nelmo Emerim (PP) é candidato a prefeito, enfrentando a candidatura de Dorinha Oliveira (PSD), que é apoiado pelo prefeito Nelson Cardoso de Oliveira (PSD). No município, Almides da Rosa (PSDB) também disputa a prefeitura.
Há vários outros casos ligados a rupturas políticas. O vice-prefeito de Araranguá, Primo Júnior (PL), nesta eleição está apoiando a candidatura de Igor Gomes (PL) ao executivo, contra os interesses do prefeito Mariano Mazzuco (PP), que apoia Daniel Viriato (PP). Em Araranguá, há de se ressaltar, também, que o candidato a vice de Daniel, o ex-vereador Anísio Prêmoli (PDT), em 2016 foi candidato a prefeito pelo MDB, recebendo o explícito apoio de César Cesa (MDB), que hoje é seu adversário na eleição majoritária da Cidade das Avenidas.
Eleição em Araranguá está bastante judicializada
Eleição deste ano em Araranguá está extremamente judicializada. Na prática, grande parte das candidaturas majoritárias já entraram com ações contra outras coligações, ou partidos, buscando, obviamente, criar fato novo para deixar o adversário em saia justa diante do eleitorado. Este expediente, diga-se de agem, é comum na Cidade das Avenidas em toda eleição municipal. Maior prova disto é o fato de toda candidatura majoritária contar com vários advogados em sua campanha. Nos demais municípios da região, o comum é termos um, ou dois advogados por candidatura, representando, também, todo o grupo político que a circunda. Em Araranguá é comum se ter cinco, seis advogados trabalhando na campanha de um grupo político.
Zé Gota diz que apelido está ligado diretamente a Zé Gotinha
Dia desses publiquei nota dando conta que o candidato a prefeito de Balneário Gaivota pelo PSC, Ronaldo Coelho Pereira, que é popularmente conhecido como Zé Gota, está utilizando como mascote de campanha uma figura similar ao Zé Gotinha, das campanhas de vacinação do Ministério da Saúde. Curioso, perguntei a ele o porquê do apelido. Acompanhe a resposta: “Eu fui morar em Gaivota em abril de 1988. Havia somente duas salas de aula. Naquela época, era muito frio e minha família era muito pobre. Eu só tinha uma jaqueta de touca para usar, de cor verde. A touca era muito pontuda. Aquele foi o primeiro ano da campanha de vacinação com o mascote Zé Gotinha. O pessoal da Saúde colocou um cartaz na porta da sala de aula com a foto do Zé Gotinha. Como a touca do casaco era pontuda como a gota do Zé Gotinha, na mesma hora me apelidaram de Zé Gota”, comenta o candidato.
PP, PSD e PSDB de Santa Rosa do Sul estão de porta em porta
Progressistas e PSD de Santa Rosa do Sul estão com seus blocos na rua. As duas legendas, que estiveram unidas nos últimos dois pleitos municipais, com vitórias sobre o MDB, neste ano se decidiram por projetos autônomos. O Progressistas apoiando a dobradinha composta por Nelmo Emerim e Alex Bristot, e o PSD com a dobradinha composta por Dorinha Oliveira e Nadir Matos da Silva. Os dois projetos enfrentam a candidatura de Almides da Rosa (PSDB), que tem como seu candidato a vice Pedrinho Dávila da Cunha (MDB). A oposição, representada por Almides e Pedrinho, tem apostado na divisão da situação para ganhar espaço. O PSD, por sua vez, quer defender o legado do prefeito Nelson, e o Progressistas vende a ideia de que o partido é a solução para o município por conta de sua estrutura e influência política.
Candidatos de Praia Grande evitam debate em rádio
Rádio 93FM havia marcado debate entre os dois candidatos a prefeito de Praia Grande, para a próxima sexta-feira, dia 9. Nenhum dos dois candidatos, no entanto, quis participar daquilo que acabaria se transformando em um embate eleitoral. Fânica Machado (PP) alegou que seu projeto está focado na não exposição pública neste momento. Adelírio Monteiro (MDB), por sua vez, alegou que está focado no corpo a corpo com o eleitor, e que a proximidade com os veículos de comunicação, neste momento, não faz parte de sua estratégia de campanha. Os dois, no entanto, aceitaram conceder entrevistas ao Portal C1, de forma individual, para falar de seus planos de governo. Nitidamente, um não quer enfrentar o outro num debate que fatalmente acabaria acalorado. Ambos também demonstraram receio de que alguma falha de comunicação pudesse acabar se transformando em memes nas redes sociais.