Fonte ligada ao ex-deputado federal Jorge Boeira (PP) garante que ele irá postular um novo mandato na Câmara Federal. Todavia, isto não se dará necessariamente por seu atual partido. Vale ressaltar que em 2018 Boeira não levou sua candidatura à reeleição adiante, para surpresa do PP, que lançou, as presas a candidatura de Leodegar Tiscoski como uma forma de substituí-lo. O projeto, feito de afogadilho, acabou não dando certo. Restaram, no entanto, muitas mágoas internas no PP, que poderão levar Boeira a procurar outra sigla para uma nova disputa federal.
Vitória de Lira é a ascensão da direita
A vitória do deputado federal Artur Lira (PP/AL) para comandar a Câmara dos Deputados significa, literalmente, a volta da direita ao comando do país. A afirmação pode ser contraditória, afinal de contas o presidente Jair Bolsonaro (S/P) poderia ser classificado facilmente como um político até mesmo de extrema direita. O fato é que Bolsonaro até tem um mandato presidencial, mas está longe de ter o poder. Tanto é verdade que nenhuma de suas reais promessas de campanha aram pelo Congresso Nacional.
A movimentação feita para a eleição de Artur Lira, cuja articulação ou pelas mãos de Bolsonaro, acabou aglutinando siglas como PP, PSL, PL, DEM, PTB, Patriota, Avante, e mais meia dúzia de partidos que rezam na cartilha do bolsonarismo. Tal união tinha como objetivo derrotar o bloco composto por PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede, que basicamente era aqueles que davam sustentação aos governos petistas entre 2003 e 2014.
É claro que Jair Bolsonaro não se meteu na eleição da Câmara, e também do Senado Federal, à toa. Ele quer a garantia da aprovação de seus projetos, e também apoio político para disputar à reeleição. Para isto precisará abrir espaço no governo, e isto será feito, prioritariamente, com a participação das siglas de direita ocupando cargos na Esplanada dos Ministérios. Na prática isto não é, nada mais, nada menos, do que a oficialização das bases da direita brasileira junto ao Governo Federal, nos mesmos moldes que a esquerda havia se apropriado do poder nos governos petistas. A única diferença é que o jogo mudou.
Vampiro assume hoje Secretaria da Educação
Deputado estadual Luiz Fernando Vampiro (MDB) assumirá hoje a Secretaria de Estado da Educação, oficializando a entrada do MDB no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). O partido, no entanto, já alertou o governador que se trata de um apoio eminentemente istrativo, e voltado a estabilidade política do governo. A sigla ressaltou que terá candidato ao Governo do Estado ano que vem e que não irá apoiar Carlos Moisés em uma eventual candidatura sua à reeleição. Em Florianópolis, já é propalada uma dobradinha MDB/PSL para a disputa do governo catarinense em 2022.
PSL continua como maior partido da Câmara Federal
PSL continua mantendo a maior bancada na Câmara Federal, apesar das sistemáticas baixas sofridas depois do início do governo Bolsonaro. Ainda assim, a sigla conta com 53 deputados federais, seguida pelo PT, que tem 52. O PL, do senador catarinense Jorginho Mello, tem 43 deputados e o PP tem 40. A lista continua com PSD com 35 deputados, MDB com 34 e PSDB com 33. Observe que MDB e PSDB perderam cerca de 20 deputados cada, se comparada a Era Lula/Dilma com a Era Bolsonaro. O Republicanos com 31 deputados, o PSB com 30, o DEM com 28 e o PDT com 27 também são siglas substancias na Câmara dos Deputados. O resto é gato pardo.
Centrão está mais unido do que nunca em SC
Acordão que elegeu o deputado estadual Mauro de Nadal (MDB) para presidir Assembleia Legislativa neste ano, e Moacir Sopelsa (MDB) para presidi-la ano que vem, demonstrou claramente que tudo se encaminha para que a eleição estadual de 2022 seja pautada pela tentativa de recomposição da famosa tríplice aliança engendrada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB). Siglas como MDB, PSDB, PSD, PL e PP estão muito mais próximas do que imagina a vã filosofia do eleitor catarinense. A bem da verdade, o único partido que hoje pode se dizer fora do pacote tradicional da política estadual é o PT. O problema é que não é por opção, e sim por falta de espaço.