Presidente estadual do PL, senador Jorginho Mello tem pedido empenho de seus correligionários, aqui no Extremo Sul Catarinense, para que partido continue sendo fortalecido. Jorginho mantém o firme propósito disputar o Governo do Estado em 2022, mas, para isto, por óbvio, precisa que a sigla esteja robusta até lá. Em nossa região, o partido elegeu o prefeito e o vice de Meleiro, alguns vereadores e emplacou bem em candidaturas majoritárias em Araranguá e o de Torres. Afora isto, vale lembrar que a prefeita eleita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), é egressa do PL, e amiga pessoal de Jorginho.
Covid tem mostrado nossa verdadeira face
Que a humanidade sempre foi desumana, isto não é nenhuma novidade. Não fosse assim, não existiriam as guerras, a criminalidade e a desigualdade social, somente a título de exemplificação. A pandemia de Covid-19, no entanto, tem acentuado a exposição de nosso lado perverso, que a cada dia parece aumentar.
Em meu tempo de criança, qualquer mãe, diante de um filho doente, o trancava em casa e o protegia com todas as suas forças. Fazia de tudo para que ele não fosse exposto, de modo a se recuperar o mais breve possível. O pai, diante do erro do filho, o protegia, as vezes até com sua própria vida. Depois, até lhe tirava o couro, mas na hora do aperto, o protegia. Os filhos e netos também cuidavam de seus pais e avós. Foi assim, aliás, que as sociedades se consolidaram e evoluíram.
A absoluta maioria das mães e pais ainda seguem esta mesma lógica social. A recíproca, no entanto, já não é mais uma verdade. Hoje vivemos em uma sociedade em que filhos e filhas preferem abrir mão da saúde de seus pais e avós, do que abrir mão de uma cachaçada com os amigos em uma balada clandestina. A vida dos mais velhos da família simplesmente ou a não ter qualquer tipo de valor. O egocentrismo se encastelou de tal forma nos mais jovens, que é até mesmo difícil de se avaliar o que aguarda nossa geração futura. É muito provável, no entanto, que sejam homens e mulheres muito frustrados, por conta das dificuldades que terão de lidar com as negativas cotidianas da vida. Alguém que não se importa sequer com a vida de sua mãe e de seu pai, com o que mais se importará? O mundo parece ter virado uma grande orgia na busca do prazer pessoal, mesmo que para isto se tenha que enterrar nossos progenitores. O problema é que este mesmo mundo não está ai para os desejos de ninguém, muito pelo contrário. Tudo nos leva a crer que, do ponto de vista da hegemonia social, as coisas só tentem a piorar no futuro, prevalecendo a prerrogativa de que, daqui para frente, será de fato cada um para si e Deus por todos.
Zica Cadorin tem orientado Cirimbelli nos primeiros atos
Prefeito eleito de Turvo, Sandro Cirimbelli (PP), tem se aconselhado bastante com o prefeito de Ermo, Zica Cadorin (PSD), no que diz respeito às questões que envolvem a burocracia do executivo municipal. Prefeito de dois mandatos, e amigo de longa data de Cirimbelli, Zica tem se colocado a disposição do futuro prefeito turvense. Praticamente toda a equipe que atualmente trabalha na Secretaria de istração e Finanças de Turvo irá deixar suas funções, o que sugere que os aconselhamentos a Sandro Cirimbelli sejam de fato constantes, para se evitar tropeços no início do mandato. Esta equipe irá trabalhar em Balneário Gaivota, na gestão do prefeito eleito Kekinha dos Santos (PSDB). Trata-se, basicamente, da mesma equipe que fez com que Turvo fosse apontado nos anos de 2018 e 2019 como a gestão municipal mais eficiente do Estado, e a décima mais eficiente do país.
MDB permanece dividido em relação a Carlos Moisés
MDB catarinense está dividido entre aqueles que querem, e aqueles que não querem embarcar no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Ávidos por recursos, os deputados estaduais são aqueles que mais defendem esta tese, ainda que ela não seja consenso na bancada. Sem muita obrigação com as bases do partido, a velha guarda emedebista tem recomendado cautela, de modo a evitar que o MDB afunde com o governador, caso sua gestão não decole ao longo de 2021. O fato é que o esforço é grande para que em 2022 MDB e PSL estejam no mesmo barco em Santa Catarina.
Cinco candidatos outsiders se deram bem nestas eleições
Nossa região teve cinco candidatos outsider que emplacaram bem nas eleições municipais deste ano. Candidaturas outsider são aqueles que surgem como alternativas de poder, desalinhadas com grupos políticos tradicionais. Umas se dão bem, outras nem tanto. As que se deram bem, ainda que não tenham saído vitoriosas, foram as de Ricardo Ghellere (PRTB) e Igor Batista (PL), em Araranguá, a de Clodoaldo Patrício (PRTB), em Sombrio, a de Tonhão Silveira (PL), em o de Torres, e a de Paulo Sérgio Cardoso (RP), em São João do Sul. Ao contrário do que se possa imaginar, uma candidatura outsider não costuma se manter em alta para uma eleição municipal seguinte. Ou ela se entrega ao sistema, em uma nova composição, ou acaba naufragando. Em princípio, a única chance que estas candidaturas têm de voltarem com chances em 2024, é disputando a eleição estadual de 2022, para ficarem evidenciadas.